segunda-feira, 2 de abril de 2012

Moto clube Lobos Solitários


Para fazer parte do Lobos Solitários você:
- Não precisa ser maior de idade;
- Não precisa adquirir nenhum objeto;
- Não precisa ter motocicleta ou qualquer outro veículo;
- Não precisa se associar;
- Não precisa seguir nenhum estilo específico;
- Não precisa pagar nenhuma taxa;

Para ser um Lobo Solitário você só precisa ser um Lobo Solitário.

Princípios:
- Somos livres. Não há qualquer hierárquia. Qualquer um pode se juntar ao Lobos Solitários a qualquer momento, desde que se sinta um Lobo Solitário. Ninguém é obrigado a permanecer como Lobo Solitário. Cada um tem liberdade para trilhar o próprio caminho.
- Somos solitários. Não há reuniões obrigatórias ou qualquer outro compromisso social. Cada um é livre para se reunir em matilhas ou se separar quando quiser, sem nenhum tipo de constrangimento.
- Somos solidários. Ser livre e solitário não quer dizer que devemos abandonar nossos irmãos. Devemos sempre ajudar os que estão em necessidade e os que nos pedem apoio. Porém nunca devemos restrigir a liberdade alheia. Não há mestres nem discípulos. Apoiamos quem precisa na medida das nossas possibilidades, mas cada um deve trilhar seu próprio caminho.
- Somos anônimos. Somos todos iguais e ao mesmo tempo únicos. Todo Lobo Solitário tem características e história próprias que o difere de todos os outros, que o faz ser único e ter seu próprio caminho. Contudo, todo Lobo Solitário e igual a todos os seus irmãos. Ninguém deve ser discriminado nem privilegiado de qualquer forma e por qualquer motivo.
- Somos matilha. Apesar de solitários somos também um grupo. Assim devemos contribuir, na medida das possibilidades de cada um, para ajudar no crescimento de todos. Por menor que possa parecer toda contribuição é válida e nada e nem ninguém é melhor. Uma foto, um texto, um logotipo, até mesmo sua visita ao site, qualquer coisa é contribuição. Pedimos somente que evite as contribuições em dinheiro. Caso não saiba como ajudar, faça algum trabalho voluntário.
- Somos uma ideologia. O Lobos Solitários é mais do que apenas um grupo de indivíduos reunidos ao redor de um tema em comum. Nós somos um pensamento, uma ideia, um estilo de vida, uma personalidade, uma cultura. Ninguém é dono do Lobos Solitários porque os pensamentos são intangíveis, não tem forma e não podem ser capturados.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Liberdade e Censura na Imprensa


Questões como a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e a liberdade de comunicação estão sempre presentes nos debates que marcam nossa sociedade. Se não em termos concretos, pelo menos como sombras de outros assuntos que, às vezes, não parecem estar relacionados.

Desde o momento que comecei a me envolver com a debate teórico sobre o jornalismo, durante a faculdade de comunicação, sempre desconfiei do discurso da imparcialidade. Menos ainda concordo com o mito criado do jornalista como representante, defensor e guardião da opinião e interesse público. Assim sempre fui a favor que a profissão fosse regulamentada.

O problema ocorre porque a maioria das pessoas confunde censura com regulamentação. Isso talvez seja consequência do fantasma da ditadura militar. Mesmo que muita gente hoje em dia tenha apenas ouvido falar (e muitos nem ao menos isso), a ditadura é uma ameaça que está culturalmente impregnada no Brasil.

A seguir trago algumas citações que eu retirei do livro: PENA, Felipe. Teoria do jornalismo. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2007. São frases e pensamentos que reforçam o que eu já pensava sobre a regulamentação da mídia no Brasil e a questão entre a liberdade de imprensa e censura, muitas vezes, falsamente levantada.

"(...) liberdade é um princípio não absoluto, submetido a um outro, muito maior, que é a dignidade humana, e os seus limites são os da alteridade, ou seja, o respeito pelo outro." (grifo original) p.106.

"Qualquer tentativa de promover uma sistematização legal e democrática dos meios de comunicação é logo interpretada como censura. Mesmo que a proposta seja discuti-la amplamente com a sociedade." p. 107.

"Será que os jornalistas estão acima dos conflitos humanos e podem prescindir da mediação de um contrato social avalizado pelo estado de direito, ao contrário de todas as outras atividades em sociedade?" (grifo original) p. 107.

"Gostamos do direito à liberdade, mas desconfiamos das responsabilidades inerentes a ela. Quando nos colocam regras de conduta, dizemos logo que é censura. Ao menos, é claro, que sejam as regras do patrão. Aí, damos outro nome: política editorial." (grifo original) p. 108.

Para quem está cursando a faculdade de Comunicação Social, é Jornalista formado ou apenas se interesse pelo assunto, recomendo que compre o livro Teoria do Jornalismo, de Felipe Pena. Vale a pena.

quinta-feira, 15 de março de 2012

William Waack e a Política Nacional

O apresentador Willian Waak comentando, ontem no Jornal da Globo, sobre a saída de um partido da base aliada da presidente Dilma soltou uma grande besteira. "Tricotar e costurar com os políticos, obviamente, não é do gosto dela, mas... é a regra do jogo no sistema político no qual vivemos", disse Waack. Ao invés de aproveitar  esta situação para mostrar o desgaste e os absurdos da nossa democracia  representativa, o jornal, na figura de seu apresentador, resolveu ajudar na  cristalização de um comportamento e uma visão de política que apenas contribui  para a corrupção e para a defesa do interesse de pequenos grupos econômicos.


O sistema político, no Brasil, é atrasado e degenerado. Uma breve análise de como  funcionam nossas casas legislativas já é o suficiente para vermos que os partidos  foram TODOS ideologicamente esvaziados e não mais representam a sociedade (se é  que algum dia foram assim fora do papel). E não precisa ir até Brasília para  confirmar, as câmaras municipais estão cheias de exemplos do quão "representativa"  é a nossa "democracia". Poucos são os partidos que tem qualquer projeto de futuro para o Brasil ou compromisso com seus eleitores, e mesmo os poucos podem ter seus projetos e compromissos adequados de acordo com os ganhos que possam vislumbrar.


O debate sobre os assuntos de interesse da sociedade, do menor município a todo  país, e a aprovação de leis e regulamentos são decididos por meio de troca de favores e de cargos visando adquirir políticos para essa ou aquela idéia. Não há qualquer compromisso com os eleitores, com a visão de mundo que eles possuem. As adequações que os políticos fazem quando há alguma pressão é apenas para manter-se no poder, e não para se alinhar com o que pensa a população. O Lobby também é outra forma  de degeneração do sistema político que já se naturalizou tanto que hoje é completamente aceitável, digo mais, para alguns é até louvável. Ou seja, partidos e políticos negociam seus valiosos votos, não necessariamente com dinheiro, mas  com outras possibilidades que permitem ganhos muito maiores (aí sim incluindo os  financeiros).

Estou generalizando sim, eu sei. Algumas exceções em figuras individuais ou de partidos podem ser achadas. Ocorre que o comportamento que descrevi e o qual o  William Waack fez questão de naturalizar "é a regra do jogo no sistema político no  qual vivemos". E, sendo esse sistema a regra, até o político mais honesto e com boas intenções vai ter que, hora ou outra, aderir a esse jogo que brinca com a vida de milhões de pessoas. Nosso sistema político está corrompido. O jogo não representa o interesse da população, que dirá permite a participação dos  verdadeiros interessados nas decisões políticas da nossa sociedade. Não podemos  aceitar que esse sistema, corrupto e corruptor, seja reproduzido. Se queremos um  país melhor, algo precisa ser feito.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ideias e Identidade

"Quando um movimento carece de ideias, cuida-se logo de batizá-lo. A frenética etiquetagem que se processou no mundo, na última década, aí está para confirmar: o que não existe passa a existir ao receber um nome. E quando à designação de uma nova tendência, escola, estilo ou modismo se acrescenta o rótulo "novo" ou "neo", deve-se edsconfiar mesmo da validade do seu conteúdo". DINES, Alberto. O papel do jornal: e a profissão de jornalista. 9.ed. São Paulo: Summus, 2009. p.107

quinta-feira, 8 de março de 2012

Kony 2012: pela prisão de um facínora

A ONG Invisible Children pôs a circular um vídeo que denuncia Joseph Kony, facínora do Uganda, que, em nome de Deus, espalha o terror e maltrata milhares de crianças há duas décadas. VEJA O VÍDEO e partilhe-o. #STOPKONY


KONY 2012 from INVISIBLE CHILDREN on Vimeo.


Ler mais: http://aeiou.visao.pt/video-kony-2012-espalha-se-nas-redes-sociais-em-nome-da-prisao-de-um-facinora=f651218#ixzz1oWtllWIB

quarta-feira, 7 de março de 2012

O papel do jornal

"A internet, como ferramenta, é imbatível, mas dificilmente conseguirá oferecer ao leitor uma plataforma noticiosa organizada e um conjunto de narrativas como o oferecido pelos impressos. O fluxo - na verdade, o jorro - da internet é intenso e contínuo, esta a sua grande vantagem. É também a sua intrínseca desvantagem: impossível manter o mesmo padrão de contextualização de tantas informações ao longo de uma jornada. E, sem contextualização, desorganizado e fragmentado, o conhecimento pouco vale."
DINES, Alberto. O papel do jornal: e a profissão de jornalista. 9.ed. São Paulo: Summus, 2009.

terça-feira, 6 de março de 2012

Liberdade de Imprensa

"Eu resolvi me emancipar porque cheguei à seguinte conclusão: no Brasil, nunca houve, na realidade, liberdade de imprensa. O que existe e sempre existiu é a opinião do dono do jornal. Ora, a minha opinião nem sempre coincidia com a do meu patrão e eu era despedido. Então eu resolvi ser rico, para poder ter opinião como jornalista. No jornalismo como vocês sabem, só se faz fortuna sendo picareta ou então alugando opinião". Davi Nasser: entrevista a Manchete, Rio, nº. 704, de 15 de outubro de 1965 apud SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4. ed. (atualizada). Rio de Janeiro: Mauad, 1999. p. 417.

"O jornal é menos livre quanto maior como empresa. O escândalo da infiltração de capitais estrangeiros em nossa imprensa carece em si mesmo de significação se não for inserido no longo e tortuoso processo de desnacionalização a que estamos sendo submetidos - é simples aspecto da crise da imprensa aqui." SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4. ed. (atualizada). Rio de Janeiro: Mauad, 1999. p. 449.